7 doenças que afetam mais os homens do que as mulheres

Por questões comportamentais, genéticas e causas desconhecidas os homens são mais suscetíveis a vários tipos de doenças em relação as mulheres. Em comparação com as mulheres, os homens estão muito mais sujeitos a doenças específicas que vamos falar hoje. Conheça as principais.
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1 - Diabetes
Essa doença está muito associada às mulheres. De fato, tal condição afeta muito mais mulheres do que homens. Mas de forma alguma esse apontamento deve ser ignorado. A diabetes é uma doença silenciosa que cada vez mais atinge homens no Brasil e no mundo. Mais de 90% dos casos de diabetes tipo 2 estão correlacionados a hábitos pouco saudáveis. Como nas doenças cardiovasculares, a falta de atividade física e o consumo inadequado de alimentos ricos em calorias e gorduras, predispõem o organismo do indivíduo a contrair diabetes. Inclusive, esse tipo de doença está diretamente associado ao surgimento de outras patologias e disfunções no homem, incluindo a erétil.
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2 - Doenças cardiovasculares
Homens de até 50 anos de idade perecem mais com doenças cardiovasculares do que as mulheres dessa faixa etária. Isso está associado à suscetibilidade em desenvolver algumas doenças, como hipertensão arterial, colesterol alto, diabetes, obesidade, sedentarismo e alcoolismo em maior grau que as mulheres. Dentro desses problemas, os mais comuns são o infarto do miocárdio, a angina e o acidente vascular cerebral (AVC). Isso está diretamente relacionado a fatores comportamentais como o excesso de álcool, cigarro, além de uma dieta irregular, baseada no consumo de alimentos industrializados e atividade física inexistente. Em contrapartida, pacientes do sexo feminino acabam por desenvolver esses tipos de problemas após a menopausa. Por isso as doenças cardiovasculares nelas são mais raras antes da quinta década de vida.
Segundo estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares em homens são a segunda principal causa de mortes no mundo. E esse dado alarmante tende a aumentar até 2030. Após os 40 anos de idade, o consenso médico indica exames cardiovasculares de rotina. Hábitos saudáveis como mudança na dieta e exercícios também são indicados para a prevenção desses tipos de patologias.
2. Tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão
Em Portugal, este tipo de tumores mata anualmente quase quatro vezes mais homens. Em 2014, os tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão causaram 3077 óbitos masculinos e estiveram na origem da morte de 850 mulheres.
“Sabe-se que a exposição ao tabaco continua a ser um importante fator de risco para alguns cancros (onde se incluem os tumores da traqueia, dos brônquios, e dos pulmões) e que, em termos globais, esse hábito é mais comum nos homens”, explica Nadine Monteiro. “No entanto, há estudos que encontraram uma possível relação entre mutações do cromossoma Y (exclusivo dos homens) e o maior risco de cancro. E este facto pode explicar também a maior incidência e a maior mortalidade de cancros não relacionados com o sexo e com o tabagismo no homem”, sublinha. A incidência e a morte por cancro, em geral, são maiores nos homens.
3. Câncer da próstata
É a segunda causa de morte por cancro no homem, atrás do cancro do pulmão, sendo o tumor masculino mais frequente depois dos 50 anos, alerta a Associação Portuguesa de Urologia. Em Portugal, o cancro da próstata tem uma incidência de 82 casos por 100 mil habitantes e uma mortalidade de 33 por 100 mil habitantes, representando cerca de 3,5% de todas as mortes e mais de 10% das mortes por cancro. Segundo a Direção-Geral da Saúde, a medição anual de PSA e palpação prostática através do toque retal devem ser feitas anualmente, entre os 55 e os 70 anos.
Nos homens com risco elevado, nomeadamente com história familiar de cancro da próstata, o rastreio deve ser iniciado dez anos mais cedo, aos 45 anos.
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4. Cálculo renal
Não são conhecidas estatísticas sobre a realidade portuguesa em específico, mas sabe-se que, na Europa Ocidental, a prevalência do cálculo renal varia de 8% a 19% nos homens e de 3 a 5% nas mulheres — o que significa um rácio homem/mulher que pode chegar aos 2,5 casos masculinos por cada mulher afetada. A incidência depende da região geográfica, do clima, da etnia, da dieta e de fatores genéticos. No entanto, e mais uma vez, verifica-se que as diferenças de género se atenuam nas faixas etárias após os 50 anos. “A maior prevalência de cálculos renais em homens e em mulheres pós menopausa tem sido atribuído, em parte, ao efeito protetor dos estrogênios através da diminuição da excreção renal de cálcio”, explica a especialista em Medicina Interna.
5 - Obesidade
Uma pessoa obesa é aquela que desenvolve um aumento excessivo de gordura corporal. O sobrepeso, portanto, é um gatilho para uma variada gama de doenças. Sobretudo as de ordem cardiovascular.
Em vários países do mundo, como nos EUA, a obesidade é considerada uma epidemia entre homens acima dos 40 anos de idade. Isso se deve, principalmente, ao padrão alimentar rico em gorduras e carboidratos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o problema atinge quase dois bilhões de adultos em todo mundo.
Como não podia ser diferente, pacientes do sexo masculino são mais acometidos por esse problema, no comparativo com as mulheres.
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6 - Andropausa
Está é uma condição hormonal muito comum entre homens na faixa dos 40 a 50 anos. De forma geral está associada à queda dos níveis de testosterona no sangue. Isso causa uma série de sintomas peculiares a esse tipo de problema, nocivos à qualidade de vida do paciente. Dentre os quais estão a perda da libido, depressão, ansiedade, dores, cansaço excessivo, calvície, irritabilidade e insônia.
7 - Disfunção Erétil
Esse é um problema que perturba muitos homens, já que dificulta a ereção durante o ato sexual. Apesar de ser altamente tratável, a disfunção erétil pode ser resultado de uma série de problemas de ordem física e até mesmo psicológica.
Por isso o médico deve estar atento ao verdadeiro causador dessa condição. Inclusive, se profissional da saúde não for procurado, o problema poderá se agravar gradualmente.
Muitas vezes a disfunção erétil pode envolver problemas que vão desde a circulação do sangue (como registrado em hipertensos e diabéticos) até a obesidade, que também pode estar associada à dificuldade de ereção. Portanto, o médico deverá estar a par de todas as limitações sexuais infligidas aos homens que sofrem com problemas de ordem vascular.
Via: centromedicoberrini e rotasaude