Câncer de pele: o câncer mais frequente no Brasil

Você sabia que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele não-melanoma é o mais frequente no Brasil e no mundo? No país, ele corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados.
O câncer de pele é dividido em dois tipos, com diferentes graus de risco. São eles:
Tipo não-melanoma: de maior incidência e baixa mortalidade;
Tipo melanoma: menos frequente, porém mais agressivo e com chances de levar à morte. Corresponde a 4% de todos os casos de câncer de pele registrados no mundo.
No Brasil, o Inca prevê o diagnóstico de 85 mil novos casos de câncer de pele não-melanoma em homens e 80 mil em mulheres, para os anos de 2018 e 2019. Esses valores correspondem a um risco de 82,53 casos novos a cada 100 mil homens, e 75,84 casos novos para cada 100 mil mulheres. Logo, é também o câncer mais incidente no Brasil em ambos os sexos.

Não é novidade que vivemos em um país de clima tropical, e um dos principais motivos desse tipo de câncer ser tão frequente no Brasil, é o fato da nossa pele ser o maior órgão do corpo humano, e que fica exposto aos raios ultravioleta ao longo da vida com muita facilidade.
Além disso, pessoas que têm a pele clara possuem predisposição ao risco de contrair a doença e precisam ter um cuidado redobrado com a exposição solar.
Conheça bem a sua pele
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer da pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Logo, é muito importante checar todos os cantos do corpo. Fique atento à lesões de aparência elevada, brilhante, que muda de cor, tamanho e textura. Manchas ou feridas que não cicatrizam, com bordas assimétricas também podem ser um sinal que exija maior atenção.

Siga a Regra do ABCDE
Uma metodologia que pode ajudar a identificação do câncer de pele, é seguir a Regra do ABCDE.
A letra A tem a ver com a Assimetria da mancha na pele: se for simétrica, é benigno; se assimétrico, maligno.
A letra B se refere à Borda e segue a mesma lógica: se for regular, benigno; se irregular, maligno.
A letra C se refere à Cor da mancha: se há apenas um tom de cor, é benigno; se dois ou mais tons, maligno.
A letra D tem a ver com a Dimensão: se a mancha ou ferida for inferior a 6mm, provavelmente será benigno. Se superior a esse tamanho, provavelmente será maligno.
A letra E, por fim, tem a ver com a Evolução da mancha: se ela não cresce e nem muda de cor, é benigno. Se cresce e tende a mudar de cor, provavelmente é maligno.
Lembre-se, no entanto, que o autoexame não é suficiente para detectar o problema. Qualquer sinal suspeito, deve-se, obrigatoriamente, procurar um dermatologista para obtenção de um diagnóstico preciso.
Fonte:
Dra Nathalie Cirilo
Dermatologista no Centro Médico Santa Amelia